Petrobras N-2726
N-2726 NOV / 2003PROPRIEDADE DA PETROBRAS 24 páginas DUTOS Terminologia Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos seus itens. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade“ com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. SC - 13 Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. Oleodutos e Gasodutos “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIROS.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorizaçãoda titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. Acirculação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo eConfidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedadeindustrial.” Apresentação As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. N-2726 NOV / 20032 1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma estabelece definições de termos fundamentais empregados em projeto, construção e montagem, operação, inspeção e manutenção de dutos. 1.2 As definições desta Norma se aplicam à normas elaboradas, revisadas, revalidadas ou emendadas a partir da data da sua edição. 1.3 Para terminologia de soldagem, a norma PETROBRAS N-1438 deve ser consultada. 1.4 Para terminologia de pintura, a norma PETROBRAS N-1515 deve ser consultada. 1.5 Para terminologia de descontinuidades em juntas soldadas, fundidos, forjados e laminados, a norma PETROBRAS N-1738 deve ser consultada. 1.6 Para terminologia de produtos e matérias-primas de indústria de petróleo, a norma PETROBRAS N-2542 deve ser consultada. 1.7 Para terminologia da área de geoprocessamento, a norma PETROBRAS N-2636 deve ser consultada. 1.8 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a presente Norma. Constituição Federal - Artigo 25 § 2º; ANP - Lei nº 9478, de 06 de Agosto de 1997; PETROBRAS N-464 - Construção, Montagem e Condicionamento de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto; PETROBRAS N-1438 - Soldagem; PETROBRAS N-1515 - Pintura; PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e Laminados; PETROBRAS N-1744 - Projeto de Oleodutos e Gasodutos Terrestres; PETROBRAS N-2047 - Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Duto Terrestre em Operação; PETROBRAS N-2163 - Soldagem ou Trepanação em Equipamentos, Tubulações e Dutos em Operação; PETROBRAS N-2177 - Projeto de Cruzamento e Travessia de Duto Terrestre; PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos Terrestres; PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação Terrestre de Produção; N-2726 NOV / 20033 PETROBRAS N-2203 - Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e Travessias de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2240 - Pré-Operação e Operação de Oleoduto; PETROBRAS N-2246 - Pré-Operação e Operação de Gasoduto; PETROBRAS N-2542 - Industria de Petróleo - Produtos e Matérias-Primas; PETROBRAS N-2572 - Manutenção de Oleodutos Terrestres; PETROBRAS N-2624 - Implantação de Faixas de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2625 - Manutenção de Gasoduto Terrestre; PETROBRAS N-2632 - Elaboração de Bases de Projeto para Empreendimentos de Transporte; PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “Pigs” em Dutos; PETROBRAS N-2636 - Geoprocessamento; PETROBRAS N-2689 - Controle Operacional de Dutos de Movimentação de Líquidos; ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas de Transmissão e Distribuição de Gás Combustível; ASME B31.4 - Pipeline Transportation Systems for Liquid Hydrocarbons and other Liquids. Nota: Os documentos citados acima podem conter também definições específicas que não estão relacionadas nesta Norma. 3 DEFINIÇÕES Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.183. 3.1 Abertura de Arco Pontos de superfície do tubo onde ocorreu a fusão superficial devido à abertura de um arco elétrico (também chamados de “host spot”). 3.2 Água Livre Em oleodutos, trata-se da água na fase líquida, não emulsionada, presente no produto deslocado no interior do duto. 3.3 Alças de Deformação Em um trecho de duto, é o resultado do desenvolvimento de uma forma curva tipo alça e cujas causas podem ser desde o acúmulo de deslocamentos, durante sucessivos ciclos térmicos, até a movimentação de encostas. 3.4 Amassamento (“Dent”) Ver Mossa. N-2726 NOV / 20034 3.5 Anel de Reforço Peça feita de chapa de aço, em forma de coroa circular, usada para reforço estrutural da boca-de-lobo em uma derivação. Também denominado colarinho de reforço. 3.6 Anomalia (“Feature”) Em um relatório de “pig” instrumentado são indicações do tipo: perda de espessura ou irregularidade interna à parede do duto, mudança da espessura nominal de parede, tubos-camisa, magnetos de referência, fixações ou acessórios incluindo tês, derivações, válvulas, curvas, anodos, extensores, suportes externos, ancoragens, bacalhaus, luvas e conexões de proteção catódica. 3.7 Anomalia Interna (“Midwall”) Qualquer anomalia que não ultrapasse a superfície externa ou interna da parede do duto. 3.8 Área de Domínio Área de terreno, de dimensões definidas, destinadas à instalação de linhas, complementos, leitos de anodos, estações de bombeamento, válvulas de demais instalações (estações coletoras, de injeção de água, parques de armazenamento de petróleo e assemelhados). 3.9 Defeito Qualquer tipo de descontinuidade ou imperfeição que possa comprometer a integridade física do duto ou de seus componentes ou complementos. 3.10 Avaria Ver Defeito. 3.11 “As Built” Ver Conforme Construído. 3.12 “As Laid” Ver Conforme Instalado. 3.13 Bacalhau (“Patch”) Ver Chapa de Reforço Estrutural. 3.14 Batelada Volume de um produto transferido em um sistema de duto. N-2726 NOV / 20035 3.15 Batoque Dispositivo de madeira em forma cônica para a execução do tamponamento de furo no duto com intuito de facilitar a instalação de elementos estruturais (chapa de reforço estrutural, dupla calha). 3.16 Boca-de-Lobo (Derivação) Abertura no duto para soldagem direta, com ou sem chapa de reforço e sem o uso de acessórios, de uma derivação (ramal). 3.17 “Boring-Machine” Ver Trado. 3.18 Braçadeira Dispositivo utilizado para fixação de elementos estruturais (chapa de reforço estrutural, dupla calha) em reparos provisórios ou permanentes em dutos. 3.19 “Buckle” Colapso parcial do tubo devido a um curvamento excessivo associado à esforços de compressão. 3.20 Caixa de Inspeção (Estação de Inspeção) Estrutura construída em alvenaria ou concreto na pista de duto para possibilitar acesso ao pontos de monitoração de corrosão do duto. 3.21 Calha Ver Meia Luva. 3.22 “Casing” Ver Tubo-Camisa. 3.23 Cava (“Gouge”) Depressão na superfície de um tubo, semelhante a uma escavação côncava em meia-cana (goivadura), com conseqüente perda de material e redução da espessura de parede, produzida por trabalho mecânico. N-2726 NOV / 20036 3.24 Cavalote Trecho de tubulação pré-fabricado, geralmente contendo curvas verticais conformadas a frio, utilizado freqüentemente em travessias enterradas de rios; por extensão, denomina-se cavalote qualquer coluna pré-fabricada para uso em travessias, mesmo inexistindo as curvas verticais a frio. 3.25 Cavidades Vazios de formas esférica, elipsoidal, etc. encontrados na solda, podendo se apresentar próximas ou afastadas entre si. 3.26 Centro de Controle Operacional - CCO Local onde estão instalados sistemas e equipamentos que permitem executar e controlar remotamente as operações de um ou mais dutos. A gerência do CCO é responsável pela coordenação, supervisão e controle remoto das operações dos dutos. 3.27 Cesta para Recebimento de “Pigs” Acessório em forma de cesta cilíndrica removível, utilizado nos recebedores, para manter o “pig” retido na câmara e facilitar a sua remoção. A sua utilização é obrigatória quando se opera com “pigs” de espuma de poliuretano. 3.28 Chapa de Reforço Estrutural (“Patch”) Elemento estrutural para reforço de uma tubulação constituído de uma chapa conformada, ajustando-se à superfície externa do tubo no local a ser reparado, e soldada a ele em todo o seu contorno. 3.29 Classe de Locação Critério para a classificação de uma área geográfica (definida pela Unidade de Locação de Classe) de acordo com a densidade populacional e a quantidade de construções destinadas à habitação. A classe de locação serve para propósitos de projeto, construção, operação, manutenção e como subsídios para avaliação de risco do duto. 3.30 Cobertura Nos dutos enterrados, é a distância, medida perpendicularmente ao duto, entre a sua geratriz superior e o nível acabado do terreno. 3.31 Colapso Dano no duto caracterizado pela perda acentuada da forma circular da seção transversal, causada pela atuação isolada da pressão externa hidrostática. N-2726 NOV / 20037 3.32 Coluna Conjunto de vários tubos ligados entre si. 3.33 Comissionamento Ver Condicionamento. 3.34 Complementos Complementos são as instalações necessárias à segurança, proteção e operação dos dutos, compreendendo mas não se limitando ao seguinte: lançadores e recebedores de “pigs” e esferas; válvulas da linha-tronco; sistema de proteção catódica, incluindo pontos de teste eletrolítico, leitos dos anodos, retificadores e equipamentos de drenagem de corrente; juntas de isolamento elétrico; instrumentação; provadores de corrosão; sistemas de alívio. 3.35 Componentes Quaisquer elementos mecânicos pertencentes ao duto, tais como: válvulas, flanges, conexões padronizadas, conexões especiais, parafusos e juntas. Os tubos não são considerados componentes. 3.36 Comprimento Desenvolvido Comprimento real do duto, considerando o somatório dos comprimentos de cada tubo. 3.37 Condicionamento Conjunto de operações prévias necessárias para deixar o duto em condições apropriadas para iniciar uma das seguintes atividades: pré-operação, operação, teste hidrostático, manutenção, inspeção por “pig” ou hibernação. 3.38 Conforme Construído Documento ou conjunto de documentos que descrevem ou representam o duto e suas respectivas instalações, em sua forma final, após sua construção e montagem. 3.39 Conforme Instalado Registro em mapa das coordenadas geográficas e do arranjo executado após o lançamento de dutos submarinos. 3.40 Corrosão Defeito causado por uma reação eletroquímica entre a parede do tubo e o ambiente provocando uma perda de metal. N-2726 NOV / 20038 3.41 Cruzamento Passagem de duto por rodovias, ferrovias, ruas e avenidas, linhas de transmissão, cabos de fibra ótica, outros dutos e instalações subterrâneas. 3.42 Curva Combinada Tubo curvo aplicado ao duto, permitindo a mudança de direção do seu eixo nos planos horizontal e vertical, simultaneamente. 3.43 Curva Horizontal (“Side-Bend”) Mudança de direção introduzida no tubo para permitir o acompanhamento de uma mudança de direção da vala no plano horizontal. 3.44 Curva Vertical (“Over/Sag-Bend”) Mudança de direção introduzida no tubo para permitir o acompanhamento de uma mudança de direção da vala no plano vertical. A curva vertical pode ser instalada com a concavidade para cima (“sag”) ou para baixo (“over”). 3.45 Curvamento Natural Mudança de direção, feita através do curvamento do duto, durante sua instalação na vala, sem que ocorra uma deformação permanente na tubo. 3.46 “Datum” Modelo de representação da terra ou parte dela, que constitui a base dos levantamentos horizontais e verticais, das quais são conhecidos os parâmetros necessários à determinação altimétrica e planimétrica de vértices, destinados a levantamentos cartográficos e projetos de engenharia. 3.47 “Datum” Horizontal Referência, que representa a base para o cálculo e controle dos levantamentos, onde a planimetria da terra é considerada. Consiste em uma longitude e a latitude de um ponto, um azimute (direção) para qualquer outra estação de triangulação, os parâmetros do elipsóide selecionado, e a separação geoidal a partir da origem. 3.48 “Datum” Vertical Referência, que representa a base para o posicionamento altimétrico de pontos sobre a superfície terrestre; é materializada por um ponto fixo, cuja altitude sobre o nível do mar é conhecida. É utilizada como partida das altitudes que determinam os nivelamentos. N-2726 NOV / 20039 3.49 Defeito na Solda Anomalia na raiz da solda ou na zona termicamente afetada. 3.50 Defeitos de Fabricação do Tubo (“Pipe Mill Defects”) Anomalia que ocorre durante a fabricação do tubo tal como, por exemplo, uma dupla laminação, estilhaços, marcas do rolo e anomalias na solda longitudinal. 3.51 “Dent” Ver Mossa. 3.52 Derivados de Petróleo Produtos decorrentes da transformaçã